A epilepsia refratária é uma condição devastadora que afeta milhões de pessoas, onde os tratamentos convencionais não conseguem controlar as crises. Nesse cenário desafiador, o CBD (Canabidiol) desponta como uma esperança promissora para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Pesquisadores brasileiros têm se dedicado a investigar como o CBD pode atuar na redução de ataques epilépticos, apontando para uma possibilidade real de controle das crises e alívio dos sintomas.

O que é CBD e Como Ele Age no Organismo?

O CBD é um dos principais canabinoides encontrados na Cannabis sativa, conhecido por seus efeitos terapêuticos sem as propriedades psicoativas do THC. Sua ação está fortemente relacionada com o sistema endocanabinoide (SEC), que desempenha funções essenciais como a regulação do humor, do sono e da atividade neuronal. Ao interagir com os receptores CB1 e CB2, o CBD modula a excitabilidade neuronal, ajudando a reduzir a frequência e a intensidade dos ataques epilépticos.

• Mecanismo de ação: O CBD auxilia na regulação da atividade sináptica, o que pode evitar descargas elétricas excessivas no cérebro, desencadeadoras das crises.
• Vantagem terapêutica: Por não provocar efeitos psicoativos, o CBD é uma opção segura para o tratamento, especialmente para os pacientes que não respondem às medicações tradicionais.

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O Desafio da Epilepsia Refratária

A epilepsia refratária é definida pela falta de resposta ou eficácia dos medicamentos antiepilépticos convencionais, mesmo após o uso combinado de dois ou mais fármacos. Essa resistência ao tratamento se traduz em:

• Múltiplas crises diárias que comprometem as atividades cotidianas.
• Riscos de lesões e problemas cognitivos devido à frequência das crises.
• Impacto emocional e social tanto para os pacientes quanto para seus familiares.

Diante desse cenário, torna-se evidente a necessidade de se explorar novas abordagens terapêuticas. É aqui que o tratamento de epilepsia refratária com CBD tem ganhado destaque, graças aos estudos e evidências obtidas por pesquisadores, especialmente no Brasil.

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Pesquisa Brasileira sobre CBD e Epilepsia

O Brasil tem se estabelecido como um polo de inovação na pesquisa sobre o uso do CBD para epilepsia. Estudos realizados por universidades como USP e Unit têm apontado:

• Uma redução de até 41% nos ataques epilépticos em pacientes que utilizam o CBD.
• Resultados mais expressivos em doses específicas, como 20 mg/kg/dia, quando comparado com doses menores.
• Uma significativa melhora na qualidade de vida dos pacientes, com efeitos colaterais mínimos.

Essas descobertas reforçam os benefícios do CBD para epilepsia, demonstrando que o canabidiol pode ser uma alternativa viável e segura para quem não encontra alívio com os tratamentos convencionais. A pesquisa brasileira sobre CBD destaca os avanços científicos e abre caminho para a integração dessa terapia no cotidiano dos pacientes com epilepsia refratária.

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Benefícios do CBD para Epilepsia

Além da redução significativa dos ataques, o CBD oferece diversos benefícios que impactam diretamente a qualidade de vida dos pacientes:

1. Melhora no padrão de sono: Pacientes relatam um sono mais reparador, o que auxilia na recuperação e na redução das crises.
2. Redução da ansiedade e do estresse: O efeito ansiolítico do CBD contribui para um estado mental mais equilibrado, aliviando sintomas emocionais frequentemente associados à epilepsia.
3. Neuroproteção: O CBD pode oferecer uma proteção adicional contra danos neuronais decorrentes das crises frequentes.
4. Menor incidência de efeitos colaterais: Comparado aos medicamentos tradicionais, o CBD apresenta um perfil de segurança superior, com efeitos adversos leves e facilmente controláveis.

Esse conjunto de benefícios ressalta a importância de considerar o uso do CBD como parte do tratamento de epilepsia refratária, especialmente em pacientes que vivem com forte impacto na sua rotina e bem-estar.

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Considerações sobre Doses, Segurança e Regulação

Doses e Eficácia

Pesquisas mostram que doses mais altas, como 20 mg/kg/dia, podem ser 12% mais eficazes na redução dos ataques epilépticos em comparação com doses mais baixas. No entanto, mesmo com doses menores, os pacientes têm apresentado melhora, reforçando a versatilidade do CBD no tratamento.

Segurança e Efeitos Colaterais

Os efeitos colaterais relatados incluem sonolência, alterações no apetite e diarreia. Esses efeitos são, em geral, leves e podem ser minimizados com o ajuste adequado da dose e o acompanhamento médico rigoroso.

Regulação e Acesso no SUS

Nos últimos anos, alguns estados e municípios brasileiros já autorizaram o uso e a distribuição gratuita de medicamentos à base de CBD pelo Sistema Único de Saúde (SUS), direcionando o tratamento a casos mais graves. No entanto, ainda é necessário uma regulamentação nacional que viabilize o acesso mais amplo e seguro para todos os pacientes.

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Conclusão: Uma Nova Esperança no Combate à Epilepsia Refratária

O CBD e epilepsia é uma área promissora que traz esperança para aqueles que sofrem com a epilepsia refratária. As evidências científicas, especialmente as provenientes de pesquisas brasileiras, demonstram que o tratamento de epilepsia refratária com canabidiol pode reduzir significativamente os ataques epilépticos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

É fundamental que essa terapia seja sempre aplicada sob supervisão médica, com doses ajustadas às necessidades individuais, para garantir segurança e eficácia. À medida que novas pesquisas são conduzidas e a regulamentação se desenvolve, o CBD poderá se consolidar como uma opção terapêutica acessível e eficaz, proporcionando não apenas a redução de ataques epilépticos, mas também uma melhoria geral no bem-estar dos pacientes.

 

 

Fonte: https://www.cannabisesaude.com.br/estudo-brasileiro-cbd-epilepsia-refrataria/