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O 4º Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal (CBCM): Um Marco para o Agro Tech Cannabis no Brasil

O 4º Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal (CBCM): Um Marco para o Agro Tech Cannabis no Brasil

O 4º Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal (CBCM), iniciado nesta quinta-feira (22) em São Paulo, posiciona-se como um palco central para discussões cruciais sobre o futuro da cannabis no Brasil. Em meio a debates sobre aplicações terapêuticas e avanços científicos, um módulo específico – o Agro Tech Cannabis – ganha destaque ao apontar uma nova fronteira para o agronegócio nacional. Este módulo, que foca nas potencialidades do cultivo do cânhamo industrial e sua integração com a cadeia do agronegócio, reflete a compreensão de que o desenvolvimento sustentável da cadeia da cannabis passa, invariavelmente, pelo campo.

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O CBCM e a Medical Cannabis Fair: Um Ecossistema em Expansão

Realizado de 22 a 24 de maio de 2025 no Expo Center Norte, em São Paulo, o CBCM consolida-se não apenas como um evento de debate sobre o uso terapêutico da cannabis, mas também como um ambiente que abrange temas de relevância econômica e tecnológica. Paralelamente ao congresso, a Medical Cannabis Fair – a principal feira B2B e B2P da América Latina – reúne cerca de 60 estandes e 100 marcas expositoras, com a participação de representantes de setores diversos, como o farmacêutico, cosmético, agrícola, de bioinsumos, biotêxteis e construção civil sustentável.
A interação entre congressistas e expositores promove o networking, a troca de conhecimento e a identificação de oportunidades de negócios, fortalecendo o ecossistema da cannabis e contribuindo para a profissionalização e diversificação da cadeia produtiva.

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Agro Tech Cannabis: O Elo entre o Campo e a Indústria

Um dos destaques do CBCM é o módulo Agro Tech Cannabis, realizado em parceria estratégica com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Este módulo evidencia o reconhecimento de que o cultivo é a base para o desenvolvimento holístico do setor.
Segundo Daniel Jordão, diretor da Sechat – entidade promotora do evento – a inclusão do cânhamo industrial no módulo Agro Tech Cannabis reflete a necessidade de unir o conhecimento agronômico às inovações industriais para criar uma cadeia produtiva robusta e sustentável. A discussão transcende a dicotomia entre o uso medicinal e as aplicações industriais, destacando que o sucesso do setor depende da capacidade do Brasil de desenvolver sua própria matéria-prima e superar a dependência de importados.

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Cânhamo Industrial: A Promessa Sustentável para o Agro

Central ao módulo Agro Tech Cannabis está o cânhamo industrial, uma variedade da Cannabis sativa definida internacionalmente por conter menos de 0,3% de THC. Essa característica garante que o cânhamo não possui efeitos psicoativos, o que o torna ideal para uma ampla gama de aplicações – desde produção de papel, tecidos e materiais sustentáveis até alimentos, cosméticos, bioplásticos e biocombustíveis.
O cânhamo destaca-se por seu baixo consumo de água, resistência natural a pragas e capacidade de recuperar solos degradados. Rafael Arcuri, presidente da Associação Nacional do Cânhamo Industrial, enfatiza que essa cultura, ao reduzir o uso de defensivos agrícolas e promover a regeneração do solo, oferece uma solução estratégica que une desenvolvimento econômico à sustentabilidade ambiental. Tal versatilidade e alta rentabilidade por hectare abrem novas oportunidades para os produtores rurais e para a indústria de transformação, agregando valor à produção desde a semente até o produto final.

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Contexto Regulatório: Avanços e Expectativas

O debate sobre o cultivo de cannabis pelo agronegócio ocorre em um momento singular para o setor regulatório no Brasil. Poucos dias antes do início do CBCM, a Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou na Justiça um plano de ação para a regulação e fiscalização do acesso a tratamentos com fármacos à base de cannabis.
Além disso, especialistas da Embrapa, representados pela pesquisadora Beatriz Marti Emygdio, anunciaram a expectativa de que a regulamentação específica para o cultivo do cânhamo industrial com baixo teor de THC seja publicada até o final de setembro de 2025. Esse avanço é crucial para estabelecer cadeias produtivas nacionais seguras e eficientes, proporcionando segurança jurídica a produtores, investidores e empresas interessadas em explorar o potencial do cânhamo.

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Conclusão: O Futuro do Cultivo de Cannabis no Brasil e o Papel do Agronegócio

O 4º Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal e a Medical Cannabis Fair, ao darem destaque ao módulo Agro Tech Cannabis, apontam para um amadurecimento fundamental do debate sobre a cannabis no país. A discussão demonstrada no evento evidencia que o sucesso do setor – seja na área medicinal, industrial ou alimentar – depende da união entre o conhecimento científico, as práticas agrícolas e as inovações industriais.
Com o cânhamo industrial posicionado como uma cultura estratégica, o Brasil tem a oportunidade de reduzir a dependência de matéria-prima importada e conquistar o protagonismo na produção global. Este cenário, aliado ao movimento regulatório em curso, cria um ambiente de otimismo e urgência, onde o agronegócio se torna o alicerce para uma cadeia produtiva completa e sustentável. O diálogo promovido pelo CBCM é, portanto, vital para construir um futuro no qual a cannabis seja aproveitada de forma integrada, beneficiando a economia nacional, o meio ambiente e a sociedade como um todo.

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Referências

  1. Agência Brasil. "Cultivo de cannabis medicinal pelo agronegócio é destaque em congresso". Publicado em 22/05/2025. Disponível em: Agência Brasil. Acesso em: 23 mai. 2025.
  2. Declarações de Daniel Jordão (Diretor da Sechat), Rafael Arcuri (Presidente da Associação Nacional do Cânhamo Industrial) e Beatriz Marti Emygdio (Presidente do Comitê Permanente de Assessoramento Estratégico da Cannabis da Embrapa), conforme citadas na matéria da Agência Brasil.
  3. Advocatícia-Geral da União (AGU). Referência ao "plano de ação para regulação e fiscalização do acesso a tratamentos com fármacos à base de cannabis" protocolado em 19 de maio de 2025, conforme citado na matéria da Agência Brasil.

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